Histórico de ganho real do salário mínimo no Brasil
Publicado em sexta-feira, 5 de janeiro de 2024 às 14:52
Ganho real do #salário mínimo é a variação da inflação do ano anterior mais o PIB. Aumento nominal de salário é o acréscimo de valor numérico ou reposição, sem ganho ao poder de compra.
Dessa forma, qualquer discussão sobre reajuste do #saláriomínimo deve partir da correção pela inflação, não apenas sobre aumento nominal.
O salário mínimo foi instituído no Brasil por decreto-lei do presidente Vargas. Em 1943 foi incorporado à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A Constituição de 1988 e definiu “reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo".
Até 1994, a hiperinflação corroeu o poder de compra dos brasileiros e não houve nenhuma política de valorização salarial que alterasse o cenário.
O primeiro salário mínimo da moeda Real (era R$ 64). De 1995 a 2002 na gestão do presidente Fernando Henrique, a inflação acumulada foi 69,9%.
De 2005 a 2019, passou então a vigorar a regra atual de ganho real: pela inflação mais PIB de dois anos, e depois transformada em lei ordinária.
A maior alta real do salário mínimo do país deu-se em 2006 com 13,0% de aumento real no mandato do presidente Lula da Silva, e 8,2%% em 2005.
O terceiro maior aumento real de acordo com dados, deu-se no início do mandato da presidente Dilma Rousseff com 7,5% em 2012.
As perdas salariais deram-se após 2016. Durante o mandato do presidente Michel Temer, não só não houve aumento real como o mesmo foi negativo, fechando -0,2% em 2018.
No mandato do presidente Jair Bolsonaro, optou por não renovar a política de ganho real do mínimo. Em 2019 houve um crescimento real de 1,1 pontos. Nos três anos seguintes de estagnação de 0,0%.
Em 2023, no terceiro mandato de Lula da Silva, o mínimo teve 2,3% de ganho no seu primeiro ano e 3% em 2024.
No geral, o salário mínimo teve expressivo ganho real desde o Plano Real até agora de cerca de 150%, e cresceu acima da produtividade do trabalho, segundo a FGV. ___ Pesquisa: Brasil em Mapas® • @brasilemmapas fonte: Dieese, Ipea.
