D: Símbolo designado Delta. O Código Internacional de Sinais estabelece a representação desta letra por uma bandeira de formato retangular atravessada horizontalmente por duas faixas nas cores amarela e azul no centro. Esta bandeira hasteada isoladamente significa: "Mantenha distância, estou manobrando com dificuldade".
DALA: 1. Tipo de cano ou calha adjacente à amurada da embarcação, para dar escoamento à água ou outros despejos. 2. Prancha larga para operações de carga e descarga de mercadorias ou a condução dos despejos dos navios.
DANO DE AVARIA: Toda e qualquer redução de valor que sofre a mercadoria, desde o recebimento em depósito pela administração do porto até a estivagem na embarcação, ou desde a desativagem na embarcação até a sua entrega ao dono ou consignatário.
DAR BORDO: Diz-se quando uma embarcação tende a inclinar-se acentuada e perigosamente.
DAR-SE POR NAVEGADO: Diz-se de qualquer coisa que saiu dum perigo que se podia temer, marítimo ou terrestre.
DE MAR EM FORA: Diz-se quando se está navegando para o alto-mar ou mar adentro.
DE MAR EM MAR: Diz-se quando se navega de um continente a outro ou de lado a lado da terra.
DEFENSAS: Peças feitas de sola ou de cabo, pneu, estopa, ou outro material, que são amarradas no cais ou na própria embarcação, nos lugares mais salientes do casco, permanentemente ou apenas na atracação, com a finalidade de protegê-los.
DEITAR CARGA AO MAR: Ação de vomitar provocada pelo enjôo marítimo.
DEMURRAGE (dimâridj): Sobre estadia. Demora do navio entre fundeamento, atracação e saída do porto devido a congestionamento ou problemas com equipamentos.
DERIVAR: 1. Diz-se quando a embarcação se desvia da rota previamente estabelecido, por ação da corrente marítima. 2. Ação de navegar ao sabor dos elementos circunstantes como o vento, as vagas e a correnteza. 3. Andar à deriva.
DERROTA: 1. Rumo ou direção que seguem os navios em viagem. 2. O relatório e itinerário de um cruzeiro marítimo. 3. Viagem por mar.
DESACELERADOR: Qualquer dispositivo utilizado para retardar o movimento do navio durante o lançamento, com a finalidade de diminuir o seu percurso dentro d'água, após deixar a carreira.
DESAPARELHAR: Ação de desmastrear o navio.
DESAPEAÇÃO: desamarrar, soltar a carga das amarras.
DESARBORDAR: Separar ou soltar um navio do outro a que estava abordado.
DESARMAMENTO: Diz-se do desaparelhamento ou desapetrechamento de um navio.
DESARMAR: Tirar do navio a artilharia e aparelhos bélicos.
DESARVORAR: Ato ou efeito de partir o mastro acidentalmente por condições de mau tempo, ocasião em que se deve improvisar uma mastreação provisória com a qual se possa atingir o ancoradouro mais próximo.
DESATRACAÇÃO: 1. Ato ou efeito de afastar a embarcação do cais ou de qualquer local em que ela esteja atracada. A desatracação pode ser realizada com a utilização ou não de rebocadores, de tal forma que ela possa ser manobrada por seus próprios meios.
DESATRACAR: 1. Desviar a embarcação do cais para navegar. 2. Largar ou desarmar a embarcação.
DESCAIR: Derivar a embarcação ou desviar do rumo ou direção de origem, por efeito do vento, da corrente, das vagas, mantendo, entretanto, condições de controle sobre a rota. Diz-se, também, sofrer abatimento.
DESCAMPAR: Ato ou efeito de guiar uma embarcação para o largo.
DESCARGA: Abertura feita no costado da embarcação para descarregar águas dos seus diferentes serviços, tomando o nome do serviço a que se destina.
DESCARREGADOR: Equipamento utilizado na descarga de granéis, tais como: minério de ferro, carvão, milho, trigo, fertilizantes etc.
DESEMBARAÇO: Ato ou efeito de retirar as cargas ou fazer sair os passageiros de uma embarcação ou qualquer outro veículo.
DESENCALHAR: Ação de tirar o navio do lugar onde encalhou.
DESESTIVA: Operação que consiste na desarrumação da carga no porão de um navio, quando vai se realizar a descarga.
DESFRALDAR: Largar, içar ou hastear vela ou bandeiras de um navio expondo-as ao vento.
DESGARRAR: 1. Desviar ou apartar o rumo da embarcação. 2. Desviar-se do rumo, perder o rumo.
DESGARRAR DO PORTO: Diz-se quando a embarcação sai do porto, levantando a âncora.
DESLOCAMENTO: Peso da água deslocada por um navio flutuando em águas tranquilas, sendo que, de acordo com o princípio de Arquimedes, o deslocamento é igual ao peso do navio e tudo o que ele contém, na condição atual de flutuação. Conforme o mesmo princípio, considera-se a densidade da água, o peso ou deslocamento da embarcação é igual ao volume imerso do casco multiplicado pelo peso específico da água que, em média, na água do mar, é igual a 1.026 toneladas por metro cúbico, a saber: deslocamento = peso do navio = peso da água deslocada = volume imerso + peso específico da água. No sistema métrico inglês, o deslocamento é expresso em toneladas longas, isto é, cada uma equivalente a 2.240 libras, ou 1.016 quilogramas.
DESLOCAMENTO EM PLENA CARGA OU MÁXIMO: Peso de um navio completo, quando se encontra com o máximo de carga permitida a bordo, isto é, flutuando no calado máximo. Corresponde ao navio carregado com o máximo de carga permitida, pronto para o serviço sob todos os aspectos: com a água no nível superior das caldeiras; todas as máquinas e sobressalentes; toda a tripulação e seus pertences a bordo; paióis de munição, de projéteis e de mantimentos atestados; tanques de água de alimentação, de reserva de água potável, de óleo combustível e de lubrificantes, também atestados; porões de carga cheios e passageiros com suas bagagens a bordo, se o navio for mercante. Nenhuma água nos tanques de lastro. Chama-se também deslocamento carregado ou carregado ao máximo.
DESLOCAMENTO LEVE OU MÍNIMO: Deslocamento da embarcação pronta sob todos os aspectos, mas sem combustível, lubrificantes, sobressalentes, aguada, água de alimentação de caldeiras, tripulantes e pertences, mantimentos, passageiros e sua bagagem, carga e lastro.
DESLOCAMENTO NORMAL: Peso do navio completo, pronto para entrar em serviço, com todo o equipamento, mantimentos, água, passageiros, etc, com geralmente, dois terços da carga total de combustível, munição, água potável, de alimentação e de reserva etc, a bordo. Entretanto, nenhuma água nos tanques de lastro ou no duplo-fundo, exceto a água de alimentação.
DESLOCAMENTO PADRÃO: Peso do navio na situação de pronto para fazer-se ao mar: toda a guarnição, equipamentos de máquinas, armamento e munição, sobressalentes, mantimentos e água potável a bordo; todos os paióis atestados com tudo o que for necessário transportar na guerra, mas sem nenhum combustível ou água de alimentação de reserva. Utilizado unicamente para a comparação entre os navios de guerra.
DESLOCAMENTO TOTAL CARREGADO: Deslocamento da embarcação com o máximo de carga permitido a bordo. Correspondente à embarcação completa, pronta para o serviço, com combustível, lubrificantes, aguada, água a nível nas caldeiras, água de alimentação nos tanques de reserva, sobressalentes; tripulantes com seus pertences a bordo, mantimentos, carga e lastro, passageiros e bagagens. Também é chamado deslocamento máximo ou deslocamento em plena carga.
DESMARRAR: Ação de levantar ferros de uma embarcação.
DESOVA DE CONTÊINER: Operação que consiste na retirada de carga do interior do cofre ou contentor.
DESPACHANTE: Agente que trata do desembaraço das mercadorias junto aos órgãos alfandegários.
DETETOR: Aparelho de radar, sensível aos ruídos de motores e máquinas, que assinala a presença dos submarinos em determinadas águas e marca a posição em que se encontram.
DIÁRIO DE BORDO: Registro dos acontecimentos de cada dia, a bordo de um navio.
DIÁRIO DE NAVEGAÇÃO: Livro destinado ao registro das ocorrências normais e extraordinárias verificadas durante a navegação e atracação a um porto. Tal diário, que tem seu uso regulamentado por legislação, registra alterações de rota, temporais, avarias e ocorrências corriqueiras, podendo mostrar causas de avarias e outros acidentes.
DIQUE: 1. Compartimento escavado junto a portos, à beira do mar, próprio para receber embarcações que necessitam de limpeza ou reparação. 2. Construção destinada a represar águas correntes.
DIQUE DE CONSTRUÇÃO: Dique seco onde o navio é construído no plano horizontal e posto a flutuar, depois de pronto, por alagamento do dique.
DIQUE FLUTUANTE: Grande pontão retangular, de madeira ou ferro, para serviços de limpeza e conserto das embarcações.
DIREITO COMERCIAL MARÍTIMO: Conjunto de normas que regulam a navegação e o comércio marítimo e os contratos de transportes de mercadorias, e pessoas, por via marítima, fluvial e lacustre, e os direitos, deveres e obrigações do armador, dos capitães e demais interessados nos serviços de navegação privada, bem como a situação jurídica dos navios a seu serviço.
DIREITOS: Denominação dada aos tributos que uma carga estrangeira sofre para entrar no país.
DIREITOS DE PORTO: Direitos que um navio paga para poder fazer desembarque num porto.
DISCO DA BORDA-LIVRE: Disco pintado no costado das embarcações mercantes, em ambos os bordos, cujo diâmetro horizontal indica a linha de flutuação máxima de verão. Nos dois extremos desse diâmetro estão pintadas as letras que designam as sociedades classificadoras em que o navio foi classificado, a exemplo da LR - Lloyd's Register, AB - American Bureau of Shipping, B V - Bureau Veritas etc. (V. disco de Plimsolt).
DISCO DE PLIMSOLL: Círculo atravessado por uma linha, que marca a linha de flutuação a plena carga, pintado sobre o costado do navio, em ambos os bordos, à meia-nau. O mesmo que disco da borda-livre.
DISPA TCH-MONEY: Termo internacional, de origem inglesa, para designar a quantia paga ao carregador ou descarregador do navio pela sua liberação antes do dia estabelecido.
DISPENSADO: Bilhete dos dispensados: relação dos indivíduos isentos de algum ou de todos os serviços de bordo, por motivo de doença etc.
DIVISÃO: Parte de uma esquadra composta de alguns navios.
DNPVN: Sigla do Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis, já extinta. Era a autarquia do Ministério dos Transportes que supervisionava as atividades portuárias. Em seu lugar, foi criada a Portobrás, que é uma sociedade de economia mista com as atribuições do antigo departamento.
DOCA: 1. Trecho de instalações portuárias, construído com muros ou cais em alvenaria, concreto armado etc., onde atracam os navios para as operações de carga e descarga ou de reparação. O mesmo que dique e estaleiro, lugar para abrigo de embarcações. 2. Grande depósito de mercadorias para o comércio marítimo. 3. Construção metálica móvel que permite por elevação ficarem os navios em seco, para reparos no casco.
DOCE: Denominação dada a uma embarcação de bom governo ou manobra.
DOCE BORDA: Diz-se da embarcação que se inclina facilmente sobre uma das bordas.
DOLFIM DE ATRACAÇÃO: Estrutura portuária situada em local de maior profundidade, com dimensões capazes de receber embarcações. Tal estrutura é independente da linha do cais, que pode ser ou não dotada de plataforma de comprimento variável e, em geral, possui equipamentos.
DRAGA: Embarcação apropriada que serve para limpar o fundo dos rios, mares, lagos etc., de depósitos, entulhos, lama, lodo etc, em águas pouco profundas, ou para extrair quaisquer objetos que tenham submergido. Normalmente é utilizada no interior ou na proximidade dos portos para aumentar a profundidade dos canais de acesso ou das bacias de evolução, proporcionando maior calado às embarcações. Em náutica, são as escoras que sustentam a embarcação em seco.
DROGUE: Objeto feito de lona, muito parecido com o saco de café e que serve de âncora flutuante.
DUTO: Tubulação que tem por finalidade conduzir vários tipos de granéis sólidos, líquidos ou gasosos: mineroduto - quando transporta minérios; oleoduto - quando transporta óleo; gasoduto - quando transporta gás. |