Dicionário portuário - Letra P

 

P

P: Símbolo designado Papa. O Código Internacional de Sinais estabelece a representação desta letra por uma bandeira azul com um pequeno retângulo branco ao centro. Içada isoladamente significa "Todos a bordo: a embarcação está prestes a sair."

PÁ CARREGADEIRA: Equipamento mecânico utilizado na área portuária, destinado a carregar caminhões ou vagões com graneis sólidos e empurrar ou rechegar porções.

PAIOL: Compartimento destinado à guarda ou armazenamento de material de qualquer espécie. Seu nome é em função da utilização: paiol da amarra, paiol do mestre etc.

PAIOL DA AMARRA: Compartimento situado na proa, por ante-a-ré da antepara de colisão, destinado à guarda das amarras das âncoras.

PAIOL DO MESTRE: Compartimento situado na proa do navio, onde são guardados cabos, lonas etc., enfim, todo o material destinado aos trabalhos de marinheiro.

PAJEM: Marinheiro de graduação inferior a grumete, encarregado da limpeza do barco, em belonave.

PALAMENTA: Conjunto de objetos acessórios que são considerados indispensáveis à navegação, devendo ter presença obrigatória a bordo. Abrange, entre outras peças, o leme, a cana-do-leme, as bandeiras e paus de bandeira, os estropos, os salva-vidas, os ancorotes, as defensas, as lanternas e os cabos de atracação.

PALLETS: Denominação dada a um estrado de madeira usado na movimentação e empilhamento de mercadorias; tabuleiro. Caracteriza-se também como um acessório de dimensões definidas, dotado de dispositivo de apoio para o garfo das empilhadeiras e conexão com os lingados, utilizado para o acondicionamento de diversos tipos de cargas, possibilitando o seu manuseio de forma unitizada.

PALLETS ou PELOTAS: São os grãos ou pedacinhos de produtos de qualquer natureza, tais como: palieis de minério, de minerais etc.

PANO: 1. Designação genérica das velas de uma embarcação. 2. Cada uma das tiras de tecidos que, justapostas e cosidas, compõem as velas. A expressão “a todo o pano” quer dizer: navegando com todas as velas abertas.

PAQUETE: 1. Navio grande, geralmente movido a vapor, para transporte de passageiros (turismo), correspondência e mercadorias. 2. Tipo de embarcação a vela, do alto São Francisco, para transporte de passageiros e cargas. 3. Antigo veleiro de pequenas dimensões que transportava mercadorias, passageiros e, principalmente, correspondência.

PARALISAÇÃO: Tempo de interrupção da operação portuária por um motivo determinado. A paralisação pode ser: 1. por conta do agente-espera de atracação; de estiva; de caminhões; caçambas; espera de carga; de vagões; abertura e fechamento de porões, à disposição de bordo; do requisitante (quando a turma de capatazia for requisitada e no horário da operação); mudança de porão; remoção de guindaste no porão ou convés; de guindaste para mudança de porão; manobra de embarque para mudança de berço; de alvarenga-toz; defeito do equipamento de bordo; colocação de material de apoio a bordo; colocação ou retirada de empilhadeira; retirada de volume já embarcado e avariado a bordo; lingando mangote; falta de material e acessórios para estiva; falta de documentos ou despachos; arqueação; preparativos em terra para colocação do mangote; defeito de eclusa; defeito no moinho; dispensa de turma sob conciliação da operação; defeito na rampa do navio; rechego etc.; 2. por conta do porto - remoção de guindaste; defeito no guindaste; na ponte rolante; na empilhadeira, na empilhadeira de contêiners; no guindaste sob rodas; no grab, da cábrea; no sugador; no readier, espera do guindasteiro; do operador de empilhadeiras; espera do pessoal da oficina; falta de energia etc.; 3. por conta mútua - chuva; agitação das águas; falta de energia etc.

PARCEL: 1. Banco de areia encoberto a pequena altura pela água do rio ou do mar. 2. Recife.

PAREDE: Local ou ponto, na extremidade do cais, onde são recrutados os estivadores para entrarem em serviço.

PARQUE: Parte das salinas onde se recolhe a água do mar para extrair o sal.

PARTE: Denominação dada ao usuário do porto.

PÁTIOS DE ESTOCAGEM: São as áreas descobertas que se encontram localizadas na área de um porto, intercaladas aos armazéns ou isoladas, destinadas ao recebimento de cargas pesadas ou de natureza especial.

PATOLA: Equipamento usado para a movimentação das bobinas de papel, ou cargas com embalagens assemelhadas.

PAU: Nome genérico dos mastros, hastes ou antenas da embarcação.

PAU DA BANDEIRA: Pequeno mastro colocado no painel de popa dos navios, onde se iça a bandeira nacional. Nos navios de guerra, a bandeira só é içada no pau da bandeira quando o navio estiver fundeado ou atracado.

PAU DA BANDEIRA DO CRUZEIRO: Pequeno mastro colocado no bico de proa, onde se iça, quando o navio está fundeado ou atracado, a bandeira do Cruzeiro, distintivo dos navios de guerra brasileiros.

PAU DE CARGA: Denominação dada a um aparelhamento de bordo, com função semelhante à do guindaste de terra, utilizado geralmente para retirar a carga do porão e colocá-la no convés.

PAU DE SORRIOLA: bibola

PAU REAL: Pau de carga com capacidade para operar com grandes pesos, geralmente acima de vinte toneladas.

: 1. Unidade de medida linear anglo-saxônica equivalente a 12 polegadas ou a 30,48 centímetros. 2. Parte inferior do leme, dos mastros e mastaréus ou dos paus de cutelo.

PEAÇÃO: Serviço que utiliza cabos de aço e outros para dar segurança nos transportes das cargas nas embarcações.

PEIA: Designação genérica dos cabos usados para prender (pear) quaisquer objetos de bordo, evitando que se desloquem com o balanço da embarcação.

PEIAS DE BALANÇO: Peças fictícias do aparelho náutico que, por brincadeira, se manda buscar por marujo ou aspirante novato.

PENÍNSULA: Porção de terra cercada de água por todos os lados, à exceção do trecho (istmo) que a liga a um território mais vasto.

PERAU: 1. Declive abrupto do fundo, junto à costa, com tendência ao rápido aprofundamento. 2. Depressão da areia escavada pela arrebentação.

PERCHA: Cada uma das molduras colocadas como enfeite na proa do navio.

PERÍODO CONTÍNUO: Refere-se a operações que são realizadas sem interrupções para refeições ou mudança de turnos, com a movimentação por sugadores, correias transportadoras ou oleodutos. Este período tem precedência sobre os domingos e feriados.

PERMANENTE: Tripulantes de alguns navios a vela que sobem aos mastros para realizar movimentos de velame.

PESAGEM: Serviço especial que o porto presta aos seus usuários, que consiste na pesagem de volumes por unidade ou de carga a granel, transportados por caminhões ou vagões.

PESCAR DE LUVA: Ato ou efeito de ficar o barco a receber o vento pelo bordo oposto àquele por onde vai amurado, passando com a popa pela linha do vento, devido ao mau tempo ou à imperícia do timoneiro.

PESCARIA DE POITA: Pesca que se realiza com o barco fundeado no ancoradouro.

PESO MORTO: Diferença em peso entre o deslocamento máximo e o deslocamento mínimo de um navio de guerra, tais como: o peso da munição, do combustível, da água de reserva das caldeiras, da água potável e para banho e sanitários; dos mantimentos, do material de consumo e das guarnições e seus pertences. Nome pelo qual, em navios mercantes, se designa, impropriamente, o porte bruto.

PESO MOVIMENTADO COM A PART. DO PORTO: Designa a tonelagem da carga movimentada no cais, inventada da tonelagem movimentada nos terminais privativos, mesmo que localizados no próprio cais.

PESO MOVIMENTADO SEM A PART. DO PORTO: Designa a tonelagem da carga movimentada nos terminais privativos localizados no âmbito da área de administração ou jurisdição do porto, abrangendo aqueles situados no próprio cais.

PESQUEIRO DE ARRASTO: Navio pesqueiro que opera arrastando uma rede para a captura do pescado.

PESSOAL DA MARINHA MERCANTE: Constituído por todos aqueles que exercem suas atividades a bordo das embarcações nacionais, nas oficinas e estaleiros de construção naval e nos trabalhos de carga e descarga das embarcações (RTM, artigo 318).

PESTANA: Cada uma das extremidades dos braços de uma âncora.

PICADEIRO: Armação de madeira ou aço que apóia pontos do fundo do navio, durante a construção ou reparo.

PICADEIRO CENTRAL: Picadeiro colocado sob a quilha, suportando todo o peso do navio, durante a construção ou reparo em seco.

PICADEIRO LATERAL: Picadeiro colocado sob o fundo do navio, afastado da quilha, para dar estabilidade ao navio durante a construção ou reparo em seco.

PÍER: Plataforma enraizada em terra, ou em um quebra-mar, acostável em um ou em ambos os lados, para funcionar como cais. É um cais, não paralelo à linha de costa, mas a ela perpendicular, ou com ela formando um ângulo, oferecendo a vantagem de permitir atracação pelos dois lados (Daltro Barbosa Leite).

PIVOTAMENTO: Situação durante o lançamento em que o navio adquire flutuabilidade positiva e apóia-se, em terra, somente sobre o pródigo de vante do carro de lançamento. Também chamado de giro.

PLANAR: Ato ou efeito de o barco deslizar à flor d'água em alta velocidade. Esse movimento está ligado ao perfil da carena e ao seu atrito com o ar e a água.

PLANO DE ARRANJO GERAL: Plano mostrando a subdivisão interna do navio, tendo para isto representados todos os pavimentos com as subdivisões neles existentes, os nomes dos compartimentos e a localização dos acessos.

PLANO DE CAPACIDADE: Plano contendo as informações importantes para a estiva e manuseio da carga a bordo, tais como: desenhos mostrando os compartimentos do navio; cubagem de todos os compartimentos de carga e tanques; capacidade de carga no convés; tabela mostrando os efeitos de variações longitudinais de peso sobre o compasso; escala de deslocamento, mostrando no mínimo a inter-relação entre calado, deslocamento e porte bruto; capacidade e arranjo dos aparelhos de manuseio de carga.

PLANO DE FLUTUAÇÃO: Plano horizontal pelo qual o casco é cortado pela superfície do mar. Este plano corta o costado segundo uma linha que se chama linha de flutuação ou linha d’água.

PLANO INCLINADO: Obra de madeira destinada a construção e consertos de embarcações.

PLATAFORMA: O pavimento mais elevado de qualquer superestrutura e, de modo geral, qualquer pavimento parcial elevado e descoberto, que recebe nome conforme sua utilização: plataforma dos holofotes, plataforma de sinais etc. Diz-se também plataforma de um navio, para indicar suas condições de calado e de inclinação para determinado deslocamento; assim, estabelecer a plataforma de um navio é calcular suas condições de equilíbrio.

PLATAFORMA EXTERNA: Faixa de calçada, do lado da rua, em toda a extensão e ao nível do chão do armazém do porto, onde são entregues ou recebidas as mercadorias.

PLATAFORMA INTERNA: Faixa de calçada, dentro do cais, em toda a extensão e ao nível do chão do armazém do porto, onde é manipulada a carga destinada ao embarque ou recebimento, na descarga. É o local em que o guindaste apanha ou deixa a lingada.

PLIMSOLL: Nome do congressista inglês que, entre 1873 e 1876, provocou no Parlamento Britânico discussões que levaram à aprovação de leis e convenções destinadas a impedir a sobrecarga perigosa dos navios mercantes. Daí se originaram os termos “disco de PlimsolP” e “marcas de PlimsolF”.

PLUMA: Denominação de diversos cabos náuticos.

PMC: Iniciais de parque de minério e carvão.

PMP: Iniciais de pátio de material pesado.

POÇO: Espaço entre o castelo, ou o tombadilho, e a superestrutura central, num navio mercante; este espaço é limitado inferiormente pelo convés principal, e lateralmente pelas amuradas e pelas anteparas frontais do castelo, ou do tombadilho, e as superestruturas centrais.

PODER FLUTUANTE: Qualidade que o navio tem de poder sustentar-se mais ou menos tempo sobre a água, quando com água aberta.

PODER GIRATÓRIO: Facilidade que o navio tem de obedecer à ação do leme ou dos hélices, descrevendo curvas com raio e rapidez diversos.

POLEAME: Conjunto de todas as peças que servem para fixar ou dar retorno aos cabos.

POLEGADA: Unidade de medida inglesa equivalente a 25.3995 milímetros ou, por aproximação, a 25,4 milímetros.

POLÍCIA MARÍTIMA: 1. Corporação que vigia os portos e costas, encarregada de evitar a entrada de contrabando no país. 2. É o efetivo policial que exerce as suas atividades no porto e a bordo dos navios que por ele passam, com a função de fiscalizar o serviço de embarque e desembarque de passageiros e cargas, bem como o trânsito de embarcações, além de prestar auxílio às autoridades aduaneiras e da Capitania dos Portos.

POLÍCIA NAVAL: Contingente de pessoas vinculadas permanente ou temporariamente à Diretoria de Portos e Costas (DPC), para fiscalizar e exigir a fiel observância e cumprimento das leis, regulamentos, disposições e ordens referentes à navegação e à marinha mercante, ao que preceitua o (RTM) Regulamento para o Tráfego Marítimo, inclusive estreita cooperação com autoridades civis e militares na repressão ao contrabando e o descaminho (RTM, decreto nº 50.330, de 10 de março de 1961, artigo 59, tít. II, cap. X).

PONTA: Porção de terra que se estende mar adentro, tendo, contudo, menor extensão que um cabo.

PONTAL: 1. Distância vertical que separa a quilha do convés principal ou da primeira coberta de baixo para cima; é medida à meia-nau. 2. Ponta arenosa ou rochosa que se projeta para o mar a partir da costa.

PONTÃO: 1. Navio que não pode mais navegar, utilizado como depósito, hospital, escola etc. 2. Tipo de plataforma flutuante, sem propulsão própria, destinada aos mais diversos serviços portuários. O mesmo que flutuante.

PONTE ROLANTE: Equipamento instalado nos armazéns, com a finalidade de movimentar as cargas no seu interior, empregado nos serviços de empilhamento, desempilhamento e remoção de volumes.

PONTO: Cálculo da latitude e da longitude que determina o local do globo onde se encontra uma embarcação.

PONTO DE CHAMADA: Marca ou local a que o navio é exigido se reportar para estabelecer sua posição (também conhecido como ponto para informações ou posição de chamada). Sinônimo de ponto de reportagem.

POPA: Extremidade posterior da embarcação, oposta à proa.

POR ANTE-A-VANTE: Expressão comparativa de localização pela qual se faz referência a um objeto situado mais próximo da proa que outro.

PORÃO: 1. Cada um dos grandes espaços estanques, entre o fundo ou o teto do fundo duplo e a coberta imediatamente superior, destinado à arrumação da carga. 2. Espaço entre o estrado e o fundo do navio, onde são coletados restos de óleo, água etc. para esgoto. 3. Espaço abaixo da última coberta ou estrado.

PORÇÕES DE POPA: Parte do forro exterior que reveste o esqueleto da popa do navio e é suportada pelo cadaste.

PORTA DE MAR: Porta móvel ao redor do eixo horizontal, abrindo de dentro para fora, através da qual se descarregam as massas de água que enchem a embarcação quando navega em mar grosso.

PORTA DO LEME: Conjunto formado pelo chapeamento da superfície do leme e armação que a suporta. É sobre a porta que age a pressão de água, fazendo o navio mudar de rumo.

PORTA ESTANQUE AO TEMPO: Porta que comunica um compartimento interno com o exterior e que se destina a impedir a passagem de água da chuva ou de borrifos de mar.

PORTA-AVIÕES: Navio de construção especial, que tem a finalidade de transportar aviões, para que os mesmos sejam operacionais de forma integral, quando se fizerem exigidos. O mesmo que navio-aeródromo.

PORTA-CONTÊINER ou PORTAINER: Denomina-se um equipamento utilizado na área portuária, destinado à operação de embarque e desembarque de contêiner.

PORTAINER: Equipamento básico de todos os portos destinado a atender as frotas internacionais especializadas, nas quais o tempo de atracação deve ser o mais reduzido possível. O portainer é usado na movimentação de contêiner.

PORTALÓ: 1. Lugar onde se entra numa embarcação, ou por onde se embarca ou se recebe carga. 2. É a denominação dada à entrada oficial do navio. É o acesso principal do navio. 3. Abertura feita na borda, ou passagem nas balaustradas ou, ainda, abertura nos costados dos navios mercantes de grande porte, por onde entra e sai do navio, ou por onde passa, a carga leve. Há um portaló de bombordo (BB) e um de estibordo (BE), sendo o último considerado o portaló de honra nos navios de guerra. Liga-se frequentemente a uma escada.

PORTAR: Puxar um cabo, espia, amarra etc.

PORTE BRUTO: Diferença entre o deslocamento totalmente carregado e o deslocamento leve. Compreende, portanto, os pesos do combustível, lubrificantes, aguada, água de alimentação, sobressalentes, tripulação e seus pertences, mantimentos, carga e lastro, passageiros e bagagens. O porte bruto é muito conhecido pelos termos ingleses deadweight ou gross deaâweight (grôuss diduêit) = carga bruta.

PORTE LÍQUIDO ou PORTE ÚTIL: Parcela do porte comercialmente utilizável. Compreende, portanto, o peso da carga, passageiros e suas bagagens, mala de correio e outros itens sobre os quais é possível cobrar frete ou passagem; é também chamado porte útil e muito conhecido pelo termo inglês net deaâweight (net = líquido; deaâweight diduêit] = ato ou ação do peso - carga, da sobrecarga).

PORTE NEGOCIÁVEL: Parcela do porte ainda disponível para levar o navio mercante da linha de flutuação em que se encontra até a linha de flutuação em plena carga. É a quantidade de carga à espera de transporte que ainda se pode negociar na praça. Diz-se, também, porte comercial.

PÓRTICO ou TRANSTÊINER: Equipamento destinado à utilização para arrumação de contêiners no pátio de estocagem. O seu deslocamento é realizado através de trilhos ou sobre pneus.

PORTINHOLA: que fecha o portaló ou qualquer outra passagem na borda.

PORTO: Lugar abrigado contra os ventos e contra as ondas, com instalações suficientes para apoiar a navegação e realizar operações de carga e descarga de mercadorias, embarque e desembarque de passageiros etc. É o elo entre os transportes aquáticos e terrestres, onde se encontram todas as instalações portuárias para carga e descarga, pátios, armazéns etc. A área onde os navios ficam fundeados, aguardando oportunidade para atracação ou aguardando berço no cais, é o que se denomina de anteporto. O corredor de ligação entre o alto-mar e as instalações do porto é o que se denomina canal de acesso de um porto.

PORTOS ARTIFICIAIS: Aqueles que exigem obras de abrigo para que tenham condições de funcionar.

PORTOS CARVOEIROS E DE MINÉRIO: Aqueles que exigem amplas profundidades e instalações mecânicas especiais, para carga e descarga, a exemplo das esteiras transportadoras.

PORTOS COMERCIAIS: Os que estão convenientemente aparelhados para operações de carga e descarga de navios mercantes. Diz-se, também, portos de amarração.

PORTOS DE CARGA GERAL: Aqueles que se encontram instalados em caráter geral, movimentando sacarias, fardos, caixarias, além de possuírem armazéns e pátios de estocagem.

PORTOS DE PESCA: Aqueles que podem ser de pequena profundidade, mas de amplas instalações de cais acostável. São portos que exigem tendais para redes, depósitos frigoríficos, fábrica de gelo etc.

PORTOS EXTERNOS: Aqueles situados junto ao mar.

PORTOS FLÚVIO-MARÍTIMOS: Aqueles que se encontram situados em trechos de rios sujeitos às marés.

PORTOS INTERNOS: Aqueles situados no interior de uma baía, rio etc.

PORTOS LACUSTRES: Aqueles situados à margem de um lago ou lagoa.

PORTOS MILITARES: Aqueles que devem dispor de amplos ancoradouros para abrigar os navios de guerra. As entradas e saídas do porto devem ser definidas militarmente pelo comando terrestre. O cais de um porto militar pode ser de pequeno comprimento.

PORTOS NATURAIS: Aqueles instalados em locais naturalmente abrigados.

PORTOS ORGANIZADOS: Todos aqueles que tenham sido melhorados ou aparelhados, atendendo às necessidades da navegação, da movimentação e guarda de mercadorias e cujo tráfego se realiza sob a direção de uma administração do porto (decreto nº 24.447, de 22 de junho de 1934 e decreto nº 24.508, de 29 de junho de 1934).

PORTOS PETROLEIROS: Aqueles que devem possuir grandes profundidades. Sua principal característica é não exigir cais corrido para as operações de carga e descarga. São ospiers que, em síntese, são pontes mais leves, porém capazes de suportar as tubulações de escoamento dos produtos. Nesses portos as medidas de segurança devem ser extremas.

PORTUÁRIO: 1. De, ou relativo a porto. 2. Indivíduo que trabalha no porto.

PORTUGUESA: Nó ou amarração feita de um cabo, a fim de segurar as antenas da cabrilha.

POSIÇÃO DE CHAMADA: Posição na qual o navio deve reportá-la.

POSIÇÃO DE FUNDEIO: Posição onde um determinado navio está fundeado ou deverá fundear.

POSTIGO: Tampa que fecha vigias, gateiras e demais aberturas de bordo.

POSTO: Lugar destinado a um navio de uma esquadra.

POTÊNCIA OFENSIVA: Compreende as armas empregadas para causar dano ao inimigo. É determinada pelo número, tipo e tamanho dos aviões, canhões, tubos de lança-torpedo e aparelhos de lançamentos de bombas, foguetes etc. que armam o navio.

PRAÇA DE CALDEIRAS: Compartimento onde são instaladas as caldeiras principais do navio.

PRAÇA DE MÁQUINAS: Compartimento onde são instaladas as máquinas principais do navio.

PRAÇA DO NAVIO: Capacidade de transporte de mercadoria.

PRAÇA D’ARMAS: Compartimento que serve de refeitório e sala de estar para oficiais, nos navios de guerra.

PRANCHA: 1. Espécie de ponte, geralmente de madeira, que se prende no capelo e se estende entre duas embarcações ou entre a embarcação e o local de fundeio, para o trânsito da tripulação. 2. Canoa de dois mastros e velas triangulares, frequente no baixo rio Paraíba do Sul, onde também é conhecida como chata. 3. Barco usado no transporte fluvial de carga na região mato-grossense da bacia do Paraguai; tem proa saliente, costado bojudo e cobertura de tábuas, e é propelido com varas ou velas.

PRÉ-LINGADA ou PRÉ-SLING: Denominação dada a uma rede especial, fabricada com fios de poliéster ou similar, suficientemente resistente, de forma a constituir um elemento adequado à unitização de mercadorias ensacadas, empacotadas ou condicionadas de outras formas semelhantes.

PREAMAR: 1. Nível mais alto alcançado pelas águas em seu movimento de subida após cada baixa-mar. 2. Maré alta.

PREGUEIRO: 1. Embarcação de grande calado. 2. Barco que demanda muita água ou de grande quilha.

PREGUIÇOSO: Barco vagaroso, sobretudo na manobra de virar de bordo.

PROA: Extremidade anterior de uma embarcação no sentido de sua marcha normal. Tem a forma exterior adequada para mais facilmente fender o mar e resistir aos esforços causados pelos golpes da água.

PROA BOLBOSA: Proa dotada de bolbo.

PROA LANÇADA: Proa que tem a roda de proa reta e o bico de proa mais avançado que o pé da roda de proa.

PROA TALHANTE: Proa de embarcação armada de talha-mar.

PROA TIPO CLIPPER: Proa que tem a roda de proa côncava e o bico de proa mais avançado que o pé da roda de proa.

PRÓDIGO: Cada um dos madeiros verticais e oblíquos que reforçam o costado e o fundo da embarcação.

PRÓDIGO DE POPA: Estrutura construída sob a popa do navio, compondo a parte de ré do carro de lançamento, que impede o deslocamento para ré do navio, quando em cima do carro de lançamento.

PRÓDIGO DE VANTE: Estrutura construída sob a proa do navio, compondo a parte de vante do carro de lançamento, resistente o suficiente para suportar os esforços que ocorrem no pivotamento.

PRODUÇÃO TONELADAS/METROS LINEAR DE CAIS: Relação entre o total da carga transportada durante o mês em apuração e o comprimento do cais, isto é: Prod. t/m/m = Toneladas transportadas. Comp. (berço) (trecho) (porto)

PROLONGAR: 1. Colocar o barco em posição paralela e muito próximo a outro em um cais etc. 2. Atracar.

PRONTO A VIRAR: Voz que se emprega antes da manobra de virar a roda.

PROTEÇÃO: Compreende os dispositivos empregados para neutralizar ou reduzir ao mínimo os efeitos das armas inimigas e, com outros fatores como a velocidade, define a capacidade defensiva do navio.

PROTEÇÃO ESTRUTURAL: Conjunto de arranjos estruturais destinados a reduzir os efeitos dos acertos de projéteis, mísseis, torpedos e minas nas obras vivas dos navios de combate.

PRUMO: Dispositivo para determinar a profundidade da água onde está a embarcação e, às vezes, a natureza do fundo.

PRUMO DA BOMBA: Régua de ferro graduada, estreita, que serve para medir a altura da água no porão do barco ou a quantidade de água que o navio faz a cada hora.

 

 

Links úteis:
• Anapar Antaq • Autoridade Portuária CUT CNTT Federação Portus Secretaria Especial de Portos Ogmo
 
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