Greve na Construção Civil e Montagem
 

Publicado em sexta-feira, 11 de maio de 2018 às 16:20

 
Greve na Construção Civil e Montagem: Sinduscon não negocia e empresas fazem acordos diretamente com sindicato mantendo a CCT

Em greve desde o dia 30 de abril, os trabalhadores da construção civil e montagem não vislumbram um acordo que possa por fim ao movimento no cenário próximo. Enquanto isso, várias empresas do ramo (mais de 30 até o dia 10/05, de acordo com o Sintraconst/ES) estão negociando diretamente com o Sintraconst e mantendo as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), além de conceder reajuste salarial de 2%.

O Sinduscon, sindicato patronal do ramo, quer, na visão dos sindicalistas, acabar com garantias contidas na Convenção Coletiva, como a figura do representante sindical, o café da manhã, a Participação nos Resultados (PR), a remuneração de horas extras, o aviso prévio indenizado, com o cartão de compras da categoria e o plano de saúde.

Além disso, quer modificar a classificação profissional constante da Convenção Coletiva de Trabalho, com o fim das funções de Oficial Pleno, Oficial Polivalente, Ajudante Prático na construção civil e o fim de toda classificação na montagem industrial.

De acordo com o presidente do sindicato, Paulo César Borba Peres, o que o Sinduscon quer é acabar com a Convenção Coletiva. “Foram décadas de lutas da categoria para se chegar a uma CCT que garantisse esses direitos e agora eles querem acabar com tudo, inclusive com a proposta de extinguir a classificação profissional apenas para rebaixar salários”.

Carioca avalia ainda que o fato de várias empresas negociarem diretamente com o Sintraconst/ES mostra que o Sinduscon adota uma postura radical quando não aceita negociar e empurra a categoria para uma greve que se avoluma a cada dia.

Nessa terça-feira, dia 15, às 11 horas, no auditório do Sintraconst/ES uma assembleia está convocada para decidir os rumos da greve.

 
Fonte - Sintraconst/ES