Polícia que falta nas ruas sobra nos arredores do Estaleiro Jurong durante a greve dos trabalhadores
 

Publicado em quinta-feira, 3 de setembro de 2015 às 17:11

 
Desde que teve início, a greve dos metalúrgicos que atuam no Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) acontece de forma pacífica e ordeira. Trabalhadores, pais e mães de família, estão usando o movimento paredista, como sua única arma na luta por melhores condições de trabalho e de vida.

Uma arma que não causa nenhum mal, a não ser prejuízo financeiro à empresa, que lucra milhões graças a dedicação dos empregados.

Porém, mesmo sendo um movimento pacifico, a polícia capixaba está, o tempo todo, “a postos” em frente à portaria do estaleiro, como se estivesse preparada para uma guerra civil. E o contingente vem crescendo a cada paralisação. ­­

Lamentavelmente, o Espírito Santo é o terceiro Estado mais violento do Brasil e para o presidente do Sindimetal-ES, Roberto Pereira, é espantoso ver que ao invés de estar nas ruas protegendo a população, a polícia do Governo Paulo Hartung está em peso numa simples assembleia de trabalhadores. “O que fica parecendo, é que a segurança pública, mantida com os impostos do povo, está a favor de interesses privados. Do contrário, não faz nenhum sentido deslocar três viaturas da polícia militar e mais duas viaturas do Grupo de Apoio Operacional (GAO) para uma assembleia de trabalhadores, como aconteceu hoje. Não seria mais eficaz que toda esse contingente estive nas ruas, defendendo o povo, que diariamente é vítima da violência urbana, que só cresce no Espírito Santo?”, interrogou o presidente.
 
Fonte - Sindimetal/ES