Portuários da Codesp paralisam atividades no próximo dia 29
 

Publicado em quarta-feira, 17 de junho de 2015 às 17:07

 
Trabalhadores portuários empregados da Codesp (Companhia Docas de São Paulo) decidiram paralisar as atividades no próximo dia 29 de junho. A decisão foi acertada em assembleia realizada na noite da última segunda-feira (15).

Segundo a categoria, a greve geral no Porto de Santos foi confirmada porque a estatal não reconhece a data base dos trabalhadores, que é de 1º de junho, e está oferecendo apenas 5% de reajuste salarial.

"Temos que mostrar para a Codesp que não estamos de brincadeira. Que os trabalhadores do Porto de Santos merecem respeito. Por isso, vamos parar o porto no próximo dia 29 de junho”, afirmou o presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos.

Para discutir a proposta salarial oferecida pela Codesp, o presidente do sindicato participa de uma reunião, convocada pela Federação Nacional dos Portuários, nos dias 23 e 24, em Brasília.

”O Sindaport defende a realização de uma greve geral em todos os portos no dia 29 de junho. Não dá para cada Companhia Docas oferecer uma proposta salarial diferente”, ressaltou, explicando que consultou os portos de Vitória e do Rio de Janeiro e cada um recebeu uma proposta diferente de sua respectiva companhia docas.

O advogado do sindicato, Eraldo Franzese, explicou que historicamente a Codesp sempre garantiu a data base, como demonstração de boa fé. Este ano, entretanto, a empresa modificou o procedimento.

Estivadores

No último dia 1º, as operações no Porto de Santos também foram paralisadas. Na ocasião, os estivadores, responsáveis pela colocação e retirada de cargas nas embarcações, cruzaram os braços entre 6h e 13h. A greve afetou os terminais públicos de contêineres e prejudicou quatro dos 50 navios que estavam atracados no porto.

Resposta

Em nota, Codesp informou que já foram realizadas duas reuniões sobre a campanha salarial. Há outro encontro programado para esta quarta-feira (17).

"A Codesp apresentou sua proposta e está negociando com as categorias, considerando o momento econômico do país. Espera-se que as negociações sejam concluídas neste mês, por isso a empresa entende desnecessário garantir a data base de 1º de Julho", pronunciou-se.
 
Fonte - A Tribuna On-line